Inovação, negócios, criatividade e conhecimento ancestral se conectam na 5ª edição do ESX
Com uma programação vasta e variada envolvendo palestras que trouxeram à tona desde saberes ancestrais à aplicação das novas tecnologias e da criatividade na arte de empreender e de inovar, a 5ª edição do ESX – Innovation Experience Espírito Santo foi encerrada em grande estilo. Mais de 20 mil pessoas participaram do último dia do evento, que movimentou a Praça do Papa, em Vitória, nos dias 10, 11 e 12 de julho.
Além de tornar a questão da inovação um pouco mais próxima do público em geral por meio de suas palestras, o ESX também se apresentou como um espaço de aproximação entre startups e investidores. Com esse viés, uma intensa agenda de rodadas de negócios realizada em parceria com a Dealist conectou esses dois públicos, formado por startups em estágio de tração e validação comercial e grandes empresas. Onze fundos de investimentos, além de 57 startups de todo o Brasil, tiveram a oportunidade de fazer negócios durante o evento, que viabilizou ainda a realização de 133 encontros e gerou uma intenção de investimento da ordem de R$ 24,9 milhões.
“O fundo destaque da edição foi o Quartzo Capital, com alto volume de interações qualificadas. Já o Espírito Santo foi o estado com maior volume de intenção de investimento, com R$ 11,8 milhões, seguido por São Paulo, que recebeu cerca de R$ 5,3 milhões em intenção de aporte”, relatou o diretor técnico do Sebrae/ES Eurípedes Pedrinha. Segundo ele, esse resultado consolida o ESX como evento pautado para inovação e negócios, “fazendo seu papel como hub de inovação, que conecta, informa, compartilha e qualifica o mercado.”
A edição 2025 do ESX fomentou ainda a realização de 107 encontros e uma expectativa de negócios futuros para fornecedores estimada em mais de R$ 11,5 milhões, considerando um período de 12 meses. Dez empresas âncora estiveram presentes no evento, bem como 38 startups fornecedoras de produtos e serviços do ecossistema de inovação, que apresentaram soluções inovadoras em seus respectivos estandes.
Empreendedorismo e ancestralidade
Sempre disruptivo, esta foi a primeira vez que a temática dos povos originários mereceu destaque na programação do ESX. Em uma palestra concorrida realizada no Palco Plural, a professora universitária Cristina Hatab, da área de Direitos Humanos e Cidadania, mediou a fala das representantes dos povos Tupiniquim e Guarani, respectivamente a cacica Marcela Tupiniquim, da aldeia Pau Brasil, e Ará Martins, coordenadora do projeto Nhãdeva Ekuéry.
“É um grande prazer estar aqui hoje, ter esse lugar de fala e poder mostrar um pouco sobre a nossa história e como tudo funciona de fato. Por mais que hoje em dia nós tenhamos mais espaço, ainda é muito difícil das pessoas respeitarem a nossa cultura”.
A história de Ará com o empreendedorismo começou quando ela ainda era adolescente. Após deixar a escola formal em virtude do preconceito, aos 15 anos ela criou o projeto Nhãdeva Ekuéry, que busca manter viva a a cultura dos povos originários – ainda tão negligenciada no país – e tem como foco levar o conhecimento ancestral para além da comunidade indígena. “Com ele, busco levar a cultura indígena para escolas não indígenas e contar um pouco sobre a nossa história. Do conhecimento nasce o respeito”, explicou.
Especialmente voltado para discussões sobre grupos que enfrentam obstáculos estruturais no mundo dos negócios, como mulheres, pessoas negras, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, idosos e a comunidade LGBTQIAP+, o Palco Plural foi idealizado com a proposta de materializar o compromisso e a relação do Sebrae/ES com a diversidade.
“O Palco Plural vai muito além de um espaço de fala. Ele é, sobretudo, um lugar de escuta ativa, de acolhimento e pertencimento. Um lugar onde diferentes realidades se encontram e onde a inovação nasce da pluralidade que nos compõe. Que a gente continue ampliando os horizontes de um ecossistema de inovação mais justo, diverso e inclusivo”, pontuou Juliana Castro, gestora do Programa Plural do Sebrae/ES.
Quem visitou o espaço também pode assistir as palestras “Comunidade mulheres na inovação: a conversa que a inovação capixaba está devendo”; “Produção cultural em periferia: MC Mulheres”; e “Empreender com propósito: o papel da ESG na nova economia”.
Inovação e criatividade
Um dos maiores especialistas em criatividade e improviso do Brasil, Márcio Ballas também deixou a sua marca no ESX 2025. Interagindo animadamente com a plateia, ele se apresentou na Arena do Conhecimento e conduziu uma das palestras mais concorridas e animadas do evento, onde a espontaneidade foi a grande protagonista.
Ao longo da sua exposição “Enfrentando o imprevisto: criatividade e improviso para liderar a mudança”, Ballas levou o público à reflexão e destacou que o processo criativo envolve, antes de tudo, a conexão da pessoa com ela mesma. “Tudo começa a partir da gente. E, nesse processo, o sim é o elemento central. Sem ele, não há criatividade. É possível criar de qualquer lugar”.
A Arena do Conhecimento recebeu ainda Monique Evelle, investidora Anjo, da Inventivos, que falou sobre construção de marca para gerar negócios no digital; Amanda Graciano, diretora executiva da Trama, que em sua palestra apresentou o impacto social da inovação e da Inteligência Artificial em negócios transformadores; Miguel Lannes, diretor de IA da Exame, que fez uma exposição com o tema “Inteligência Artificial: aliada ou ameaça à criatividade?”; e Aurélio Rosa, engenheiro de software que já atuou na Tesla, que conduziu a palestra sobre transformação digital “Do enxame às estrelas”.
Prata da casa
Além de grandes nomes do ecossistema de inovação nacional, o ESX 2025 também garantiu espaço para que iniciativas locais compartilhassem as suas experiências para o público presente. No Sebraelab, por exemplo, o diretor de Inovação da TecVitória, Gabriel Torobay, preparou uma oficina sobre transformar sonhos em negócios. O objetivo foi inspirar aqueles interessados em empreender para que consigam tirar as ideias inovadoras do campo das intenções. O primeiro passo, entretanto, foi colocá-las no papel, já que cada grupo recebeu uma cartolina e alguns lápis de cor para dar vida a seus pensamentos.
“A TecVitória foi a primeira incubadora de startups do Espírito Santo e uma das primeiras do Brasil, com 29 anos em atividade. Desde então, foram mais de 80 startups graduadas, mais de R$ 30 milhões captados pelas empresas incubadas e mais de 4 mil profissionais inseridos no ecossistema de inovação”, detalhou Torobay.
A programação do Sebraelab contou ainda com discussões variadas sobre temas diversificados divididos em meetups, mesas e workshops.
Conexão
No Palco Conexão, os visitantes puderam assistir palestras sobre sustentabilidade e inclusão e também sobre transformação digital. Para falar sobre “Espaços que evoluem: a nova era das cidades inteligentes e sustentáveis”, estiveram presentes no ESX Pablo Lira, que é presidente do Instituto Jones dos Santos Neves; Vinícius Marchese, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea); e Everlam Elias Montibeler, coordenador do LabCidades da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Já o tema “Tecnologia quântica: o futuro a favor dos negócios” foi abordado por Guilherme Musse, especialista do Senai/Cimatec; Pamela Bezerra, professora e pesquisadora; e Luis Augusto Lima, da Prodest.
Também movimentaram o Palco Conexão as palestras “Soluções energéticas inteligentes que estão mudando o jogo”, “Profissional do futuro: habilidades além do código”, “Transformação Digital e Indústria 4.0”, “Inovar para cuidar transformações na gestão da saúde pública para garantir atendimento de qualidade ao cidadão”.
Acelera
Voltado a promover conexões de negócios, mentorias e acelerações de startups, o Palco Acelera conectou empreendedores a investidores e especialistas. Palestras que trataram sobre como medir o valor da inovação nas organizações, sobre os desafios do capital de risco no Brasil e sobre inovação social e climática até a COP30 foram alguns dos temas que nortearam a programação do espaço.
Inovar e empreender
Dedicada a startups e tecnologias emergentes, a Arena de Inovação apresentou soluções inovadoras e cases de sucesso, como exposto na palestra “Não é mágica, é método: como usar design thinking e IA para gerar impacto”. Ali também se abriu espaço para discussões sobre temas como o agronegócio, com a exposição “O futuro que cultivamos: sustentabilidade e novas possiblidades para a agricultura”; sobre “Modelagem conceitual e IA: como criar inteligência a partir da informação”; e sobre a importância da presença digital, com a palestra “Story em telas – narrativas que impulsionam as redes sociais”.
O ESX foi uma realização do Sebrae/ES e da Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), com correalização do Governo do Estado do Espírito Santo por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), e patrocínio da Vale.
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